Um pouco sobre o amoroso e iluminado espírito Scheilla

Para falar de Scheilla, é importante antes falar de Peixotinho (Francisco Peixoto Lins), maior médium de materialização já conhecido no mundo (tinha também outras características mediúnicas como: vidência, psicografia, etc). Era capitão do exército no Brasil, casado com “Baby” e tiveram nove filhos. Sua casa, já na década de 40, recebia e abrigava doentes de todos os lugares enquanto estavam em tratamento. Permaneciam na casa da família, alojados nos quartos dos filhos, mesmo com todas as dificuldades económicas da época. Dedicou sua vida a mediunidade e caridade. Nos trabalhos mediúnicos, dedicava-se a doar ectoplasma para as materializações extraordinárias que lá aconteciam. Recebia o espírito de Dr. Bezerra de Menezes entre outros, para os trabalhos de atendimento e cura do corpo e da alma. Sempre contou com o apoio importantíssimo de sua esposa, que não o deixava cair em vaidade, levando o trabalho e harmonia da casa com toda a humildade, austeridade e como um serviço de amor.

 

Em Macaé (cidade do estado do Rio de Janeiro – Brasil), certa vez iniciou um trabalho de oração em benefício das vítimas da segunda grande guerra mundial (que acontecia naquela época), para acolher e encaminhar todos os espíritos sofredores que ali procuravam assistência. Numa dessas sessões, chegou um espírito denominado Rodolfo Fritz, que se dizia ser de família espírita alemã e que tinha sido fuzilado durante a guerra, por seu próprio superior. Pois havia se negado a ordem de atirar nos inimigos capturados. Isso era contra seus princípios morais, pois estava na guerra para salvar vidas. Falou também da preocupação com sua irmã que também estava na guerra (como enfermeira) e corria muito perigo. Era médico e filho do também médico alemão Dr. Fritz.

 

 

Tempos depois, em 1948, materializa-se (de corpo inteiro) um espírito de extraordinário fulgor. Apresentava-se como uma mulher loira, cabelos longos em tranças, olhos azuis-esverdeados muito brilhantes e que exalava forte perfume de rosas (característica sempre presente desse espírito tão iluminado). Mostrou-se ser muito inteligente e com ricos sentimentos. Daquele momento em diante, passou a atuar nas reuniões espíritas do grupo de Peixotinho no atendimento aos doentes que procuravam a ajuda do médium. Scheilla, sempre cuidadosa e amorosa, materializava (com o apoio da mediunidade de Peixotinho, Chico Xavier e outros) muitos elementos em matéria concreta e outros em matéria sutil (instrumentos e aparatos médicos). Foram algumas décadas de trabalho constante, que permanece até hoje. Os médiuns Chico Xavier e João Nunes Maia psicografaram muitas obras de Scheilla, assim como outros médiuns por ela eleitos. Divaldo Franco conta detalhadamente uma intervenção que ela fez em sua garganta, na casa de Chico Xavier, curando-o de um grave problema. Assim como na obra "Chico Xavier - 40 Anos no Mundo da Mediunidade" de Roque Jacintho, encontramos o seguinte depoimento:

"Chico aplicava passes. Ao nosso lado, ocorreu um ruído, qual se algum objeto de pequeno porte tivesse sido arremessado, sem muita violência. (- Jô - disse um médium - Scheilla deu-lhe um presente). Logo mais, procuramos ao nosso derredor e vimos um caramujo grande e adoravelmente belo, estriado em deliciosas cores. Apanhamo-lo, incontinenti, e verificamos nele água marítima, salgada e gelada, com restos de uma areia fresca. Scheilla o transportara para nós. Estávamos a centenas de quilómetros de uma nesga de mar, em manhã de sol abrasador que crestava a vegetação e, em nossas mãos, o caramujo que o Espírito nos ofertara, servindo-se da mediunidade de Chico!" "Na assistência reduzida, estava presente um cientista suíço, materialista, que ali viera ter por insistência de seus familiares. Scheilla, em sotaque alemão, anunciou: - Para nosso irmão que está ali - indicava o suíço -, vou dar o perfume que a sua mãezinha usava, quando na Terra. Despertou-lhe um soluço comovido, pela lembrança que se lhe aflorou à memória, recordando a figura da mãezinha ausente.”

 

Através destas experiências com Peixotinho e seu grupo, com Chico Xavier, com Divaldo Franco – que ofereceram sua mediunidade e trabalharam e foram tratados por ela, sabe-se de duas de suas reencarnações.
Na frança, foi Joana Francisca Frémio. Casou-se aos vinte anos com o Barão de Chantal, passando a se chamar Baronesa de Chantal. Tiveram quatro filhos. Seu marido desencarnou muito jovem e ela então, dedicou-se as orações, a cuidar dos filhos e dos necessitados. Em 1604, submeteu-se ao Bispo de Genebra (S. Francisco de Salles) e juntos fundaram a Congregação de Visitação de Maria, criando 87 conventos. Mais tarde São Vicente de Paulo se juntou a ordem, mantida com muitas dificuldades. Desencarnou em 1641 e foi canonizada pela igreja católica em 1767 com o nome de Santa Joana de Chantal.

 

Na Alemanha do século XX, foi Scheilla Fritz. Enfermeira na segunda guerra mundial que desencarnou em 1943 na cidade de Hamburgo, durante um bombardeio aéreo. Era de família espírita e contou com uma educação moral primorosa.
Na atualidade, continua seu trabalho fraternal como coordenadora numa determinada colónia espiritual, nas regiões próximas ao Brasil. Espírito de grande luz, dedicada ao trabalho de Jesus na terra, deixou muitas mensagens de orientação e conforto para todos nós.

 

“Aquele diz: - “Isto é meu”. Outro afirma: - “Guardo o que me pertence”.
Entretanto, só Deus é o legítimo Senhor de Tudo.
Rejubilas-te com a nutrição...
Contudo foi Ele quem promoveu a sustentação da semente para que a semente, convertida em pão, te assegure o equilíbrio.
Orgulhas-te do dinheiro que te garante a aquisição das utilidades imprescindíveis à segurança e ao conforto...
No entanto, foi Ele quem te angariou indiretamente os recursos precisos para que te não faltassem saúde e raciocínio, disposição e inteligência na tarefa em que te sorri a fortuna.
Regozijas-te com o lar...
Todavia, foi Ele quem te situou nos braços maternais que te acalentaram os vagidos primeiros, aproximando-te dos afetos que te enriquecem os dias...
Lembra-te de Deus, o Todo Misericordioso que nos confia os tesouros da existência, a fim de que aprendamos a buscar-Lhe o Paterno Seio...
E reparte com teu irmão do caminho os talentos que Ele te empresta, na certeza de que somente ao preço da fraternidade infatigável e pura, subirás para a Glória Divina, em que Deus te reserva a imortalidade da vida, entre as fulgurações da Sabedoria Imperecível e as bênçãos do Amor Eterno.”

Pão, Ouro e Amor (Sheilla – através da psicografia de Chico Xavier)

 

Texto por Cristianne Sá Bez

 

Referências:
« Peixotinho e a materialização dos espíritos. TV CEI - clique para ver.
« Palestra de Djenane Mendonça (médium que trabalha num grupo sob orientação de Sheilla), do dia 02/04/2013: O espírito Scheilla. Centro Espírita Caritas: clique para ver.
« Divaldo Franco narra seu atendimento por Scheilla: clique para ver.
« Facebook oficial do Centro Espírita Irma Scheilla. Guanambi – Bahia – Brasil.

 

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