NATAL – TEMPO DE REFLEXÃO
As comemorações do Natal são a oportunidade para fazermos uma reflexão sincera e profunda acerca da mensagem que Jesus nos transmitiu há mais de dois mil anos. E, neste processo, surge, naturalmente uma pergunta: Por que temos tanta dificuldade em vivenciar os ensinamentos do Mestre?
No livro Antologia mediúnica do natal, o espírito Emmanuel, na mensagem, A Manjedoura, transmite-nos ensinamentos importantes quando diz:
“As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à eterna lição de humildade de Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem de amor felicitou o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor de atualidade dos seus divinos ensinamentos. A Manjedoura foi o Caminho. A exemplificação era a Verdade. O Calvário constituía a Vida. Sem o Caminho, o homem terrestre não atingirá os tesouros da Verdade e da Vida.”
Estando ainda longe da “perfeição”, constatamos que já temos recursos intelectuais e morais suficientes para assimilar o Evangelho, a Doutrina Espírita oferece-nos um apoio inestimável para vivenciar as suas lições. Por outras palavras, temos ao nosso alcance os meios para nos transformarmos, efetivamente, em criaturas melhores. Contudo, continuamos a “evoluir” muito lentamente, passo a passo.
Allan Kardec perguntou aos espíritos, qual o ser mais perfeito que Deus ofereceu à Humanidade para servir de guia e modelo, pergunta 625 do Livro dos Espíritos, e a resposta não podia ter sido mais direta: Jesus.
O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo seis, define Jesus como o Cristo Consolador pois Ele faz-nos um convite irrecusável: “Vinde a mim todos os cansados e sobrecarregados, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para as vossas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus, 11: 28-29)
É provável, então, que o que nos falta para mudarmos o rumo da nossa vida é vontade, uma vontade disciplinadora que possa nos libertar dos aflitivos séculos de conduta viciada, sempre geradora de sofrimentos nas inúmeras reencarnações reparadoras.
Assim, nunca é demais recordar: “As lembranças do Natal, porém, na sua simplicidade, indicam à Terra o caminho da Manjedoura (…). Sem ele, os povos do mundo não alcançarão as fontes regeneradoras da fraternidade e da paz. Sem ele, tudo serão perturbação e sofrimento nas almas, presas no turbilhão das trevas angustiosas, porque essa estrada providencial para os corações humanos é ainda o Caminho esquecido da Humildade.”
Texto por Carlos Lagoa
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