Madre Joana Angélica

A 20 de Fevereiro de 1822 desencarna em Salvador, Bahia, a freira Joanna Angélica de Jesus. Hoje, como Joanna de Angelis, trabalha em favor da Humanidade, pelo médium Divaldo Pereira Franco.

Madre Joana Angélica foi morta ao tentar impedir que soldados portugueses profanassem o Convento da Lapa. Até o momento, considerada heroína da Independência; mas é também, e principalmente, mártir da Fé.
“Só passareis por cima do meu cadáver!”, disse aos soldados que tentavam invadir o convento, abrindo os braços e colocando-se defronte à porta. Foi então violentamente atacada a golpes de baioneta. Conforme nos contaram no convento, ainda conseguiu arrastar-se até a Capela e morreu diante do Santíssimo. As irmãs que estavam no convento conseguiram fugir pelos fundos. Soror Angélica de Jesus entregara a própria vida, mas protegera as suas religiosas."

Sóror Joana Angélica de Jesus, registrada Joanna Angélica de Jesus (Salvador, 12 de dezembro de 1761 — 19 de fevereiro de 1822) foi uma religiosa concepcionista baiana, pertencente à Ordem das Reformadas de Nossa Senhora da Conceição e mártir da Independência brasileira. Era filha de José Tavares de Almeida e Catarina Maria da Silva, uma família rica da capital baiana. Foi batizada na Freguezia da Santa Fé, em Salvador.
Nascida durante o período colonial, morreu aos 60 anos atingida por um golpe de baioneta quando resistia à invasão pelas tropas portuguesas ao Convento da Lapa, em Salvador. Tornou-se assim, a primeira heroína da independência do Brasil.
Conhecida principalmente pelo ato de bravura final da sua vida, Joana Angélica tem hoje sua imagem reconstruída por historiadores que pontuam sua importância também como mártir da fé.

A vida no Convento da Lapa

Tinha 20 anos, quando foi aceita, em caráter de exceção, para o noviciado no Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa em 1782. A profissão da fé foi feita em 18 de maio de 1783, quando ingressou como irmã da Ordem das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição e passou a se chamar Joana Angélica de Jesus. Permaneceu reclusa ali durante 20 anos, e foi escrivã, mestra de noviças, conselheira, vigária e, finalmente, abadessa.
Entre fevereiro de 1792 e 1801 foi escrivã do convento. Já no ano de 1812 assumiu a função de vigária, que exerceu por dois anos. A direção do convento lhe foi concedida em 1815 quando foi escolhida abadessa, função que desempenhou até 1817. Voltou à posição de abadessa em 1821, até o dia de sua trágica morte defendendo o convento.
Toda a Cidade da Bahia apontava para o Mosteiro da Lapa, como o asilo das virgens sem nodoa, e falava com orgulho de sua madre abadessa.

Independência do Brasil na Bahia
Ataque ao convento

Reza a tradição e afirmam todos os documentos da época que, de todos os fatos lutuosos dos tormentosos dias 19 e 20 de fevereiro de 1822, nenhum impressionou mais fundo a alma da Bahia do que o selvagem ataque dos soldados contra o indefeso Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, onde morreu nobremente a primeira heroína da epopéia da Independência, Madre Joanna Angelica.
Joana Angélica tornou-se, assim, a primeira mártir da grande luta que continuaria, até a definitiva libertação da Bahia, no ano seguinte, a 2 de julho, data efetiva da independência baiana, data marcante num contexto de rompimentos entre as partes da então América Portuguesa com a Metrópole.

 

Joanna Angélica de Jesus, hoje, como Joanna de Angelis, trabalha em favor da Humanidade, pelo médium Divaldo Pereira Franco.

 

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